terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Rompendo as barreiras.

Então eram um turbilhão de membros, um amálgama de sexos. Misto de pele e desejos , sonhos e fúria. Nenhum dos dois conseguia se lembrar exatamente de como havia começado, mas nada mais poderia pará-los. Eram lábios, língua, dentes, se digladiando para arrancar pedaços voluptuosos do outro, unhas se cravam, sangue escorre, batidas, hematomas, dor, arfados, gemidos e delírio. Puro delírio...
As roupas eram descartadas como se nada fosse mais natural, até porque estavam lá apenas simbolicamente, a união já estava tão consumada em suas mentes que o ato já estava ocorrendo, através de tecido, espaço, e qualquer outro obstáculo.
As respirações se tornam mais ritmadas, o clímax se aproxima, os corações batem com a fúria de mil baterias, os gritos se tornam urros,
Momentos simbólicos de êxtase vem e vão, e a competição sem vencedores segue num ritmo crescente, quando o ápice-mor finalmente ocorre. Ao cairem ao chão , deslizando pela parede , trocam algumas palavras:

"Eu... te... amo"

"Meu, calaboca , amor não tem nada a ver com isso!"